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Safra de soja 2024/2025 tem queda de 38% na produtividade no RS, segundo Emater
Publicado em 10/06/2025 10:14
AGRO
A safra de soja 2024/2025 no Rio Grande do Sul encerrou com uma forte queda na produtividade, conforme dados divulgados recentemente pela Emater/RS-Ascar. A área cultivada no estado foi estimada em 6.770.405 hectares, com rendimento médio de 1.957 quilos por hectare — valor 38,43% inferior à projeção inicial de 3.179 kg/ha.
O clima adverso foi apontado como o principal responsável pela frustração da safra em diversas regiões. Na regional de Bagé, a sequência de dias chuvosos atrasou a colheita nas últimas áreas ainda em campo. A expectativa é que os trabalhos sejam finalizados com a previsão de tempo firme para a primeira semana de junho.
Em Dom Pedrito, município conhecido por bons resultados nas várzeas durante períodos de La Niña, a produtividade também ficou aquém do esperado. Dos 165 mil hectares plantados, 40 mil estavam em áreas de várzea, mas a média geral não ou de 1.860 kg/ha, somando os terrenos mais baixos e os de coxilha.
Na Campanha, o impacto econômico da quebra de safra tende a dificultar o aproveitamento imediato do solo. Com recursos escassos, muitos produtores não devem investir no cultivo de inverno nem na compra de animais para engorda em pastagens, o que pode resultar em áreas mantidas em pousio até a próxima safra de verão.
A situação varia em outras regiões do estado. Em Caxias do Sul, parte das áreas já colhidas está em repouso, enquanto outros agricultores iniciaram o plantio de culturas de cobertura e pastagens de inverno. Em Ijuí, a colheita evoluiu lentamente devido à umidade do solo, mas até o momento sem danos aos grãos.
Na regional de Pelotas, as chuvas entre 26 e 29 de maio interromperam temporariamente os trabalhos, retomados com a chegada do tempo seco no fim da semana, permitindo a conclusão da colheita. Já na região de Santa Rosa, a colheita foi encerrada e os produtores concentram-se agora nas atividades pós-safra.
O cenário confirma as dificuldades enfrentadas ao longo do ciclo produtivo, marcando uma das safras mais desafiadoras para a soja no estado nos últimos anos.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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